Boas Vindas !

Por Maria Luisa.

A gente tem sonhos, muitos. Alguns nos acompanham desde a infância, alguns desses de infância são reformulados ou até mesmo abandonados e outros são criados com o passar do tempo.

E tem aqueles (pode ser apenas um, como é o caso deste texto) que não dá para abrir mão. A gente pode até definir algumas prioridades, achar que insistir neles é bobagem ou perda de tempo, mas o bom filho a casa torna e, no fundo, todos nós sabemos onde é a nossa casa. Tem sempre aquele pedacinho da nossa vida, aquela lembrança, que gostaríamos muito que ainda fosse presente e que sabemos que nos faria muito felizes.

A casa da Tais é o ballet, nunca deixou de ser. Como eu comentei em outro texto, no mundo do ballet não há porta de saída, apenas de entrada, por isso ela tentou escapulir e não conseguiu.
Então eu aproveito esse texto para dar as boas-vindas para a Tais que, tenho certeza, está voltando com toda a disposição que ela guardou durante esse tempo afastada e conto com vocês para que a recebam com suas boas-vindas também.

Também tenho um conselho. Se vocês também acharem que precisam pedir um tempo pro ballet, façam, mas fiquem sabendo que não vai adiantar. O ballet é tipo aquele namorado ingrato em quem você pensa todos os dias, mas nem sempre te manda mensagem, aquele que apesar de todos os seus esforços nem sempre retribui como você espera e te deixa na mão, aquele que sempre prefere o físico de outra menina e aquele que, quando você tenta dar um tempo ou terminar, esperneia, grita e implora para você ficar, mesmo que seja para continuar te sabotando. Para o namorado dá para falar não, mas quando é o ballet implorando a gente aceita, né? Porque com o ballet é aquele amor platônico à primeira vista que a gente sabe que é para vida inteira e que nenhum namorado no mundo está à altura de competir com esse amor.


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